Meus amigos estão perdendo cabelo, estão ganhando barriga e algumas ruguinhas aqui e ali. Estão mais preocupados com o colesterol e com dores na coluna. Meus amigos não precisam pedir permissão aos pais para sair mas agora eles não saem porque não têm tempo. Meus amigos trabalham demais. Meus amigos já perderam a conta de quantos casamentos já foram, os batismos são contáveis ainda, velórios já acontecem. Meus amigos encontram-se menos, eles têm mais responsabilidades, alguns já são pais e outros estão planejando. Eles têm lido mais coisas importantes, têm valorizado mais a amizade e a família. Meus amigos sentem falta da infância. Eles têm visto seus pais envelhecerem e têm acompanhado seus pais em consultas médicas. Meus amigos continuam crescendo e descobrindo mistérios da vida. Eles viajam mais, presenteiam mais, preocupam-se mais mas, eles têm menos tempo de demonstrar. Meus amigos sentem dor e só eles sabem o quanto ela dói. Eles têm momentos maravilhosos também e só eles sabem da alegria que eles proporcionam. Meus amigos têm surpreendido mais. Meus amigos estão escrevendo suas histórias para um dia poder contar. Eles querem ter o tempo e a oportunidade para "contar pros netos" suas conquistas, seus erros, tropeços, suas façanhas, suas traquinagens, seus amores, suas histórias... Meus amigos estão na batalha. Eles emocionam-se mais. Meus amigos mudaram algumas idéias, tiveram que rever alguns conceitos e relevar mais. Eles têm mais compaixão. Meus amigos enxergam menos curvas que antigamente, agora eles ouvem mais as risadas. Eles dão mais valor as coisas que não enxergam. Meus amigos têm pensado mais, refletido sobre atitudes e têm odiado mais a solidão. Meus amigos têm amado mais, têm olhado mais para o céu e têm valorizado mais o gosto dos momentos. Eles estão mais vividos e estão um pouco diferentes. Meus amigos colecionam lágrimas de tristeza e de felicidade. Eles desejam mais do que nunca abrir seus corações e sentir o amor na sua forma mais pura. Mas sabe de uma coisa? Isso tudo só acontece com meus amigos... Eles estão loucos.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
PRISCILA
P-R-I-S-C-I-L-A, Priscila. Eu adoro meu nome, foi meu pai quem me deu. Eu não tenho filhos mas já ouvi falar do amor de pai e do amor de mãe e sei que meu nome foi dado com muito amor. Priscila foi um presente.
Uma vez ouvi que Priscila se traduz assim: Peace Rests In Smoothness Calmly Instigating Life Away... Mais um presente... Porque nosso nome, quando evocado, pode ser uma melodia. Nosso nome nos identifica, é nosso. Ouvimos nosso nome o dia inteiro, todos os dias de nossa vida. Prezamos por nosso nome, cuidamos de nosso nome e gostamos de vê-lo limpo. Lutamos para vê-lo no topo das listas boas, lutamos para não vê-lo nas listas ruins. Torcemos para ouvi-lo e às vezes para não ouví-lo... Interessante como nosso nome está em tudo, não é? E é claro que eu gosto do meu nome, gosto quando me chamam, gosto quando me chama... Mas quando eu ouço um sonoro PRISCILA às vezes me assusta, às vezes parece tão grande, afinal Priscila tem 3 sílabas. Quando Priscila é pronunciado parece que meu nome ocupa um tempo maior que o necessário para eu entender que é comigo. Quando ouço Pris... já sei que sou eu, mas depois ainda vem o cila, às vezes desnecessário. Às vezes prefiro Pri, simplesmente Pri. Me chame de Pri, por favor...
sábado, 27 de novembro de 2010
Cinza
Hoje amanheceu nublado, o astro-rei não deu o ar de sua graça, nasceu sem estardalhaços e hoje tudo é cinza. Esses dias sem cor... Dias nublados são os mais solitários e mais doloridos, por isso, me pergunto como evitar o cinza em nossos dias. Por que existem dias cinzas? Momentos cinzas já não bastam? Eu abriria mão desses benditos dias sem cor, sem companhia, sem felicidade, esses dias vazios e cheios de dor. Eu viveria menos para não abrir mão da companhia de minha sombra...onde está minha sombra? Dias sem sol não têm nascer-do-sol, não têm pôr-do-sol, não tem sombras... as coisas são cruas, perdem o brilho, perdem o que ofusca de tanta luz, perdem de ocupar espaço dobrado por aí...abrindo mão de suas sombras, seus reflexos... Dias cinzas não deveriam ter 24h, deveriam ir embora num piscar de olhos... [Cinza só tem graça quando é a cor da camiseta (a dele)]. Dias sem nuances, dias homogêneos, sem esperança. Esses dias nublados de silêncio (que fazem barulhos ensurdecedores) são os dias seguintes dos terremotos, das avalanches, das erupções vulcânicas, das grandes guerras e destruições. Das perdas, das brigas e discussões. Você acorda num dia desses e logo pensa: "Eu não queria estar aqui".
{Curiosidade: Hoje é dia da esposa de Shiva, Parvatti Devi.}
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
I´m supposed to be a rock
Eu só queria ser feliz. Eu tenho tentado, eu acho que tenho... E o meu ceticismo é uma desgraça, uma decepção. Sempre foi uma decepção pra mim esse ceticismo que vem da insegurança e do medo de ser enganada. É uma fraqueza, é mais uma mediocridade minha. E eu sou assim, cheinha de defeitos e de particularidades e, mesmo assim, eu quero ser feliz. Eu queria... às vezes ainda quero ser feliz. Enquanto isso coisas caem sobre minha cabeça e eu fico imaginando que sou uma rocha. Acho que eu devia ser uma rocha... Mesmo tendo sentimentos e sentindo dores, às vezes acho que eu devia ser uma rocha... Eu acho que ainda quero ser feliz, mas e se tudo der errado?? Tudo bem, eu estou aqui pra isso mesmo: suportar as decepções, rir das desilusões, aceitar que as coisas são diferentes do que desejo. Aliás, desejar faz mal pro espírito. Quando desejamos, nos apegamos, e nos condenamos ao sofrimento. Eu acho que eu devia ser uma rocha...mas mesmo não sendo uma rocha...eu tenho desmoronado em conflitos que nao são meus. Prove-me que Deus não existe. Prove-me que a reencarnação não existe. Prove-me que não daríamos certo...
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Qual é a resposta??
Conversando com pessoas certas em horas certas fazemos acontecer verdadeiras dádivas: idéias sensacionais e pensamentos brilhantes que despertam estusiasmos múltiplos. Foi o que aconteceu recentemente comigo. Num dia ensolarado, numa atmosfera amena, entre árvores e passarinhos enlouquecidos conversávamos sobre a presença de Deus nas pessoas, nos momentos e nos destinos. E da conversa resultou alegria e compaixão ao constatar que Deus está em tudo e em todos. Todas as pessoas carregam Deus consigo, então, todas as pessoas são especiais! Partindo daí, temos o dever de respeitar o próximo e de tratá-lo como a nós mesmos, de desejar-lhe o bem, de lamentar suas perdas e de comemorar suas vitórias. Temos o dever com o Deus que mora em nós: Celebrar o Deus que mora nas outras pessoas! Isso é amor de verdade! O amor não se pede, não se implora, não se barganha. O amor vem de graça e vem com entusiasmo! E sabe o que? Quando 2 pessoas celebram seu próprio Deus e o da outra pessoa, o amor é certo, é inevitável, é contagiante, é uma Graça, é uma dádiva, é um encontro de almas, é um presente divino, é um momento escrito por Deus, é uma estrela no céu, é uma centelha de luz, é um acontecimento sublime, é um sentimento puro e inigualável. Hoje, acordei e escrevi num muralzinho em forma de pingüim que tenho na geladeira: "A resposta é: Amor". Minha mãe imediatamente disse: "Está virando hippie minha filha?". Eu sorri e ela disse: "Isso é John Lennon". Rimos juntas.
(Agradeço às pessoas que compartilham comigo suas idéias e pensamentos, que vivem intensamente e que dispensam as coisas superficiais. Em especial, agradeço a minha companhia neste domingo de passarinhos enlouquecidos e de folhas que caíam das árvores num balanço constante.)
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Nossas composições

Somos composições. Isso é certo. Somatórias e subtrações fazem quem somos. A lida na vida nos faz mais doces ou mais amargos. As pessoas que passam por nós (construindo ou destruindo) fazem parte do resultado "final". Somos o resultado de nossos pensamentos a respeito de nossa vivência, somos um pouco de cada, somos todos. Em cada passo empresto idéias e não as devolvo, deixo idéias e não volto buscá-las. Estes empréstimos são interessantíssimos e passam a fazer parte da composição que fazemos de nós mesmos. E aprendemos tanta coisa por onde passamos! E recolhemos tanta esperança nas histórias de vida! E passamos tanta força dos momentos vividos! Eu emprestei de tanta gente!! Emprestei exemplos de serenidade, de honestidade, de equilíbrio, de vontade. Emprestei otimismo, emprestei criatividade, emprestei maneiras de olhar, de abraçar, de tratar. E continuo emprestando. E não pretendo parar. Quero continuar garimpando os pensamentos, descobrindo preciosidades e raridades. Conhecendo jeitos. Isso não muda não! Quer coisa mais única que o jeito? O jeito de falar, de rir, de olhar, de andar! Jeitos não se acabam! Jeitos apaixonam, jeitos eternizam, marcam, dão saudade. Saudades...
Jeitos são insubstituíveis, definitivamente. E isso dói. Dói quando a saudade aperta e o dono do jeitinho está longe, está ausente, está ocupado, desconectado, está off line, ou bloqueado.
Jeitos que não sabemos onde estão, jeitos que já não sabemos mais. Jeitos que dão saudades. Jeitos que não se repetem...
Acho um crime alguém tentar mudar um jeito. Isso não se faz. Só existe uma espécie de cada no mundo, mudar seria extiguir uma delas, um crime. Acredito que pra cada jeito existe, pelo menos, um contemplador...
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Par ou ímpar?
Com meu par de olhos tenho observado que pares de olhos têm me observado. Eles não só observam atentamente, curiosos e ansiosos, esses pares de olhos vigiam, admiram, imaginam, gostam, surpreendem-se, apaixonam-se, deliciam-se com meus tropeços, fascinam-se com meu entusiamo, assustam-se. Assustam-se??? Tenho feito essa pergunta. O que será que impede os pares de olhos de fazer mais que me observar? Será que de minha mente saem muitas idéias mirabolantes? Idéias brilhantes? Será que de meus olhos saem muitas faíscas? E dos meus movimentos sai muito perfume? Da minha vida saem muitas histórias? E da minha boca sai muita risada? Do meu jeito sai muita piada? Muito encanto? Muito espanto? Será que fico melhor sendo ímpar do que par? E por que será que um par de pernas não vem até mim me envolvendo num par de braços, num momento ímpar e não diz (sem rodeios e com convicção): "Daqui não saio nunca mais"? Surpreendo demais? E se eu respondesse: "Nem eu..."???
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Teoria dos Jogos
O Dilema do Prisioneiro é bastante conhecido dentro da Teoria dos Jogos, mais íntimo para quem cursou economia, matemática, informática e afins. Traz algumas reflexões para serem aplicadas em nossas vidas e em nosso comportamento. O dilema é o seguinte: Confiar no outro e fazer o melhor para os dois ou presumir que o outro agirá em causa própria e fazer o mesmo? Para não nos prolongarmos neste debate, adianto que na dúvida as pessoas agem em causa própria, imaginando que a outra fará o mesmo, ou seja, enxergar seus auto-interesses (agir com "egoísmo"). Por que isso acontece? Uma porque, quando a lei da sobrevivência impera, nós humanos estreitamos nossa maneira de ver as coisas, é cada um por si e salve-se quem puder. Outra, porque existe descrença nas pessoas e falta de confiança, principalmente. E o que acontece se 1 agir em causa própria e o outro acreditar, confiar e agir em prol dos 2? Neste caso não estaria acontecendo o Equilíbrio de Nash, que já é papo pra outro dia, mas (havendo o desiquilíbrio) faz com que um dos lados (o esperançoso e crente) sofra por ambos e pegue 10 anos de prisão enquanto o descrente (ou traíra) ganhe a liberdade. Injusto não? Sim! É por mais esse motivo que na dúvida fazemos o que é melhor para nós quando a "coisa aperta". Trazendo isso para os relacionamentos amorosos, fica claro que ou temos 2 crentes (pessoas que acreditam que pode dar certo e agem em prol do casal) , ou temos 2 descrentes ("largando os betes" e "chutando o balde") ou teremos o desequilíbrio (onde um entra de cabeça e o outro sai passando rasteiras antes que leve o tombo que tanto espera). A grosso modo, tudo é um jogo que envolve estratégias. Essas teorias dizem que, quando trazemos isso tudo para nossa realidade, não podemos deixar de levar em conta a experiência que tivemos em outros jogos na vida (jogos em que saímos livres, jogos em que ficamos presos por um longo tempo), e que isso influencia na tomada de decisões a curto prazo. Para seres humanos, subjetivos que somos, não é fácil desvincular uma coisa da outra, o que realmente nos leva a crer que um descrente pode fazer de um crente, um descrente. Desilusão!! Desilusão!! Depois da desilusão as pessoas enxergam o jogo de outra forma, traçam estratégias para defesa, e muitas vezes, aplicam: "o ataque é a melhor defesa". Então, antes que todo mundo acabe no mesmo buraco (o buraco da descrença) e não consiga mais se doar, vai um conselho: Cure suas feridas antes de entrar no jogo novamente, reformule suas idéias, passe a limpo seus erros, perdoe a si mesmo, não se martirize pelos erros dos outros e aprenda a confiar novamente. E, quando entrar no jogo, entre pra ganhar!! Pra ganhar a confiança do outro, pra ganhar um amigo, pra ganhar uma companhia fiel e quem sabe...pra ganhar um amor pra vida toda!!
domingo, 10 de outubro de 2010
Sussurros do coração

Coraçõezinhos saíam dos meus olhos e ficavam ao nosso redor, pairavam no ar, criavam asas e flutuavam. Meus pés saíam do chão e minha cabeça saía do lugar. Meu coração disparava descompassado e desesperado. Musiquinhas embalavam. Todo o meu corpo sorria, sorria e sorria! Eu vibrava por dentro enquanto vibravam as cordas do violão... o ar que respirava era mais puro, a atmosfera era agradável e surreal parecia. Cada abraço era único e sempre será. Companhia constante em todos os sonhos. Mãos dadas pra sempre, almas abraçadas pra sempre. Saudades mesmo na presença. Carinho nas palavras e nos olhares, carinho no pensar, carinho no agir. Suavidade no amar. Cautela no tratar. Sinceridade de verdade. Amor de verdade. Meu coração sussurra: "Inesquecível...Inseparável..."
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Que puxa!

Numa sexta-feira a noite as coisas resolvem aparecer e pior: exigem que eu reflita sobre. Normalmente me lamentaria, então, estou lamentando. Lamento isso acontecer numa sexta-feira, e ainda, a noite... Eu achei que a depressão tinha me vencido, mas não, nao venceu não. O que aconteceu foi que eu (com a intenção de desviar a atenção que a depressão tinha em mim), fingi estar depressiva. Chorei um pouco aqui e um pouco ali, me fechei, evitei pessoas e momentos, mas, foi somente isso, deixei que ela tivesse esta satisfação. Ela teve e tentou me confundir mas eu lembrei que era de brincadeira e parei por ali mesmo. Não me deprimi e ainda assustei a depressão dizendo que ia sair! Então lembrei que não queria saber das tendências de primavera/verão 2011 e que eu não estava preocupada com o meu cabelo, nem tão pouco com a roupa que usarei daqui a 1 mês e meio. Isso me deixou com tédio, baixo astral me lembrando Charlie Brown. Fiquei mais reflexiva ainda. Pensei sobre várias coisas do dia-a-dia e pensei sobre a humildade. Uma baita virtude, não? Relacionei a humildade com o perdão, refletindo que necessitamos de muita humildade para pedir perdão quando erramos. Então seja humilde suficiente para pedir perdão quando estiver errado, e não seja estúpido suficiente pra pedir perdão incessantemente quando você não tem do que se desculpar. Pegue leve, sabe por quê? Porque a vida é leve, o peso somos nós que colocamos. Então, não abrace a depressão, apenas chore um pouquinho e vá saindo de mansinho pois hoje é sexta-feira! Mais um dia onde tudo pode acontecer... Que puxa! (Charlie Brown)
(A primeira tira de Charlie Brown, de Schulz, foi publicada em 02 de outubro de 1950, ou seja, está completando 60 anos)
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
O gosto do agora
Estou bem acordada e com os olhos bem abertos, estou mais que atenta, estou ciente. E neste momento de lucidez eu percebo o gosto das coisas, o verdadeiro gosto. Quando se consegue saborear sem pressa, consegue-se ignorar o tempo e consegue-se driblar a melancolia. A graça das incertezas da vida nos deixam receosos mas nos deixam desejosos de vida. As decepções nos dão certeza de que estamos vivos, estamos inseridos nos cosmos, nos mundos, no todo. Por fazermos parte disso tudo é que estamos expostos a tudo, expostos à vida. Muito está por vir, não apenas dores para ensinar, mas energias boas e fortes que nos fazem vibrar. Como vai ser? Só Deus sabe! E vida é o friozinho que dá na barriga de pensar nisso...
Não estou tão acordada, os olhos estão pesando. Já estou indo dormir, sonhar e despertar para mais um dia de surpresas e de presentinhos! Por enquanto é noite e tudo é silêncio. Mas como a noite é inspiradora! E depois do meu sono será dia e tudo será ruído. Mas como o dia é inspirador! Cada momento tem seu sabor...deguste... e alimente seu apetite pelo hoje...porque é o que ainda pode ser saboreado, é o que já pode ser saboreado...
sábado, 25 de setembro de 2010
Cutuque pra ver!!
Ai ai ai...dá medo de pensar. Você vê a fina flor, num educado vocabulário, desfilando a leveza e a polidez, a sutileza e a elegância em momentos triviais!! Então, você vira as costas e sai a pensar no quão especiais as pessoas podem ser e o pensamento vai longe e satisfaz expectativas (isso!!Bem aquelas que não devem existir!!). E a leveza se mostra mais e mais e os momentos continuam triviais... Então, algum detalhe sai do traçado do trivial e a coisa desanda. Num primeiro momento mantém-se a sutileza e um pouco depois não se sabe onde ela foi parar. O educado vocabulário passa a ser um contido vocabulário, a elegância já se foi há tempos (colocando sua "imagem" de fina flor na corda bamba). As pessoas tem limiares de tolerânica para diversas situações, algumas lidam melhor com algumas coisas e outras lidam melhor com outras. O sangue sobe e perde-se a compostura, mostrando um pouco do que não se costuma mostrar espontaneamente: é o lado obscuro do ser humano, nossas fraquezas (digo nossas porque todo mundo é menos forte em algum momento). O que causa certo receio é o fato de não sabermos o que esperar da fina flor, principalmente quando a colocamos em corda bamba...aí, cutuque pra ver!!
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Pequeno Príncipe

(Sem muita poesia, mas direto e reto)
Uma vez li uma frase de Oscar Wilde que fez muito sentido pra mim e que adotei para meu blog. Diz assim: "O homem pode suportar as desgraças, elas são acidentais e vêm de fora: o que realmente dói, na vida, é sofrer pelas próprias culpas."
Certa vez escrevi um texto "I didn´t ask for that" onde eu explanava nossa impotência diante de alguns acontecimentos da vida. Reparei que ainda não comentei sobre as coisas ruins que acontecem e que são assinadas por nós mesmos. Lendo Oscar Wilde ficou claro pra mim que temos grande responsabilidade (quem sabe plena responsabilidade) quando temos uma situação em nossas mãos e erramos por imprudência, por neglicência ou por imperícia (descrição de "culpa" para quem é do Direito), ou por intensão ("dolo", também para quem é do Direito). Às vezes somos maldosos mesmo, às vezes somos bobos, às vezes estamos perdidos, às vezes pensamos errado e entendemos tudo errado. Porém, ninguém tem nada com isso, você tem que responder por seus atos e arcar com as conseqüências. Se o dano causado envolve sentimento, lembre-se: "Você é eternamente responsável pelo que cativas." (Pequeno Príncipe).
E...Oscar Wilde estava certo: quando somos os autores do estrago...dói muito mais.
(Realmente estou arrependida...independente de qualquer coisa...me desculpa)
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Seres desse mundo
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São daqui mesmo! Do planeta Terra, desse mundo! Os seres estranhos e confusos...Seres que nunca têm certeza, que "sempre têm razão" e nem sempre têm noção. Seres que têm orgulho, que têm ego e que têm vergonha. Seres egoístas e inseguros. Seres que manipulam, que julgam, que enganam. Seres Humanos. E vivem machucando uns aos outros, vivem perdendo a compostura diante de seus interesses ameaçados, vivem agredindo quando se pisa no calo. Vivem recuando quando é pra avançar. E esperando quando é pra se dar. Vivem martelando quando é pra esquecer. Vivem e esquecem que o mundo dá voltas. Muitas voltas e quando se vê está justamente onde não se espera. Vivem esquecendo que ocuparão posições variadas no mundo, viverão experiências inesperadas, encontrão situações inusitadas. Vivem esquecendo de dar as mãos, de serem irmãos, de partilhar de verdade. Vivem como se nunca tivessem que olhar para trás, como se nunca tivessem que voltar atrás, como se tivessem o controle de tudo. Vivem trapaceando no jogo da vida buscando desesperadamente a vitória, vivem, mas mal sabem eles que esse jogo não é para ganhar, é apenas para jogar (limpo, pode ser?).
Mais Beijos (apaixonados)
Eu não menti. Um dia tudo aquilo foi verdade, brotou com toda intensidade do meu coração e desejei ardentemente que pudesse tornar-se real. Eu não menti. Eu realmente sonhei acordada e fiz discursos diversos e tão sinceros que até as vírgulas foram posicionadas de forma inadequada só para que as pausas estivessem certas. Eu não menti, eu suspirava de verdade, mas, quando menos esperei, percebi que eu mudei meu ângulo de visão e pude ver como não via. Os discursos foram belos e intensos, mas não servem mais para nada, não fazem mais sentido. Eu não estou mentindo. Hoje meu discurso tem outro destino, e hoje, ele está valendo, ele está vivo no presente e não no passado. Eu falo do hoje (o presente que temos). E é no hoje que meus discursos são reflexos dos meus sentimentos. Meus discursos eu carrego no coração e acabam transformados em palavras escritas e palavras faladas. Palavras. Palavras que nem sempre dizem tudo, muito fica por dizer... Por isso, acho que alguns discursos poderiam ter mais palavras, ter mais vírgulas, ter mais beijos...
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Na contra-mão

Mas eu digo isso porque penso em te querer
mas quando consigo eu revivo um entorpecer
E no mesmo abismo eu me jogo sem perceber
e por conta disso peço abrigo em você
Sei que o sentido do meu grito não achei
mas se ouvir bem estou gritando e não parei
E vai ecoando pelos desertos do mundo
e num segundo eu não tenho mais você
E você por onde anda que nem sei
nem sei se quero saber ou já esqueci
E desisti, e resisti e pulei fora
Do seu circo, seu espetáculo e fui embora
Cansei de rir e espernear minhas verdades
e no final sempre juntar minhas metades
E enjoei de ver reprise toda hora
e não demora pra tudo evaporar
Virar poeira, virar vapor a suposta dor
que carreguei fingindo ser amor
Eu só queria alguém pra conversar
que me dissesse que o tempo não vai voltar
E que insistisse em me cuidar do coração
quando eu quisesse andar na contra-mão
mas quando consigo eu revivo um entorpecer
E no mesmo abismo eu me jogo sem perceber
e por conta disso peço abrigo em você
Sei que o sentido do meu grito não achei
mas se ouvir bem estou gritando e não parei
E vai ecoando pelos desertos do mundo
e num segundo eu não tenho mais você
E você por onde anda que nem sei
nem sei se quero saber ou já esqueci
E desisti, e resisti e pulei fora
Do seu circo, seu espetáculo e fui embora
Cansei de rir e espernear minhas verdades
e no final sempre juntar minhas metades
E enjoei de ver reprise toda hora
e não demora pra tudo evaporar
Virar poeira, virar vapor a suposta dor
que carreguei fingindo ser amor
Eu só queria alguém pra conversar
que me dissesse que o tempo não vai voltar
E que insistisse em me cuidar do coração
quando eu quisesse andar na contra-mão
domingo, 12 de setembro de 2010
Máquina do tempo
Se você tivesse que deixar o presente, escolheria o passado ou o futuro? Eis o passado conhecido, vivido e experimentado. Eis o futuro incerto, novo e inédito. Eis as lembranças e as saudades. Eis as esperanças e as expectativas. Eis que, mesmo estando no presente fazemos viagens constantes ao passado e ao futuro para recordar e para sonhar. Às vezes o desejo é que o tempo passe devagar para aproveitarmos os instantes, que passe rápido para curar de uma vez as feridas, que volte para que possamos reviver bons momentos e que pare, para que fiquemos numa cena de encantamento e satisfação eterna. E se pudéssemos mesmo manipular o tempo? E se pudéssemos converter dor em milésimos de segundos e amor em milhares de anos? E se pudéssemos mais do que podemos? Como seria? E se o coração pudesse parar de chorar? E se?? E se fosse, seria. Como não foi, não é, diz a lógica. A lógica é a coisa que menos importa quando o coração chora por não ter o tempo em suas mãos, e é ela que nos dá a resposta. A lógica diz que não se tem outra alternativa senão aceitar o tempo como ele é, e aceitar o que ele faz de nós, conosco e e por nós. Dancemos conforme a música...
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Pedro, onde cê vai eu também vou

Viva os momentos felizes!!! Viva as verdadeiras amizades!! Viva a vida!! Viva!! Isso sim faz sentido, o sentido que esperamos encontrar em tudo: a vida é pra ser vivida (com um verdadeiro sorriso no rosto). Insisto muito nisso, sempre, porque eu acredito nisso e desejo isso. A vida tem me presenteado com pessoas do bem, com momentos inesquecíveis e eu não canso de dizer: "Eu quero sempre mais! Eu quero sempre mais!" (Ira e Pitty). E quando temos alguns adventos que nos tentam colocar pra baixo e que nos fazem sentir dor, lembro de Carlos Drummond de Andrade: "A dor é inevitável, o sofrimento é opcional", e assim, minha força interna grita e se manifesta dizendo: "Essa noite não, essa noite não!!" (Lobão) Não, não, não, essa noite nada e ninguém vai tirar meu sorriso do rosto! E se você for amargo, viver de mentiras, não respeitar as pessoas, e continuar se enganando e me enganando, até Fábio Jr tem a resposta: "Mas que bobagem, já é hora de crescer!". Mas se você insiste, eu terei que te dar a indiferença, como diz um amigo meu, JPA: "o oposto do amor não é o ódio, é a indiferença", então, eu não vou te odiar, não odeio ninguém, nem mesmo meus inimigos. Esses são os desafios diários, já disse Sócrates: "Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida". Infortúnios..."Ai que infortúnio", diria Funérea (De Fudêncio e seus Amigos) a respeito dos atrapalhos na vida, mas tudo bem, acontece. O que importa são os amigos e os momentos felizes. "O que importa é dar risada!" (eu mesma), pois, uma hora ou outra eu poderei dizer: "Eu vou mandar berrar o dia inteiro que você é: O Meu Máximo Denominador Comum!" (Raulzito).
(Obrigada amigos queridos!)
domingo, 29 de agosto de 2010
Jesus te ama
Você já pediu a ajuda Dele? Já entregou sua vida nas mãos Dele? A força divina...a presença divina...não existe nada igual. Essa força nos orienta e nos conforta diariamente, mas, em alguns momentos ela se faz mais presente, principalmente quando você busca verdadeiramente por ela. Aqui, registro então, minha intimidade: Algumas questões na minha vida vinham me deixando dúvidas, vinham me perturbando de certa forma e me tirando o sossego. Pedi a Deus que me mostrasse o caminho e para que as coisas ficassem mais claras para mim. Deixei nas mãos Dele e fiquei atenta ao sinal. Hoje saí para andar e refletir sobre isso tudo. Pensei, tentei achar respostas, me perguntei se eu estava ouvindo Seus sinais da maneira correta. Foi então que fixei meu pensamento no que achei ser o certo e pensei: "Meu Deus, cheguei a conclusão certa? Me dá um sinal para que a dúvida saia de mim". Andei alguns metros e então, vi um rapaz que passaria por mim nos próximos segundos. Ele olhou pra mim e disse (com uma voz suave): "Jesus te ama". Após dizer isso tocou meu braço (com a mesma suavidade da voz) com seu dedo indicador e foi embora. Parei. Olhei pra trás e fiquei observando ele indo embora sem olhar pra trás. Não sei com que freqüência esse rapaz faz isso, quem sabe ele faça isso todos os dias, mas, pra mim isso foi único, foi incrível. Senti uma energia muito boa naquele momento, uma felicidade me invadiu e eu sorri chorando. Foi algo tão extraordinário que a sensação que tive foi de que eu podia viver aquele momento eternamente, sem sair dele. Ali, tive a constatação de que eu não estava sozinha, Ele está comigo o tempo todo e me responde quando eu pergunto. Fui embora pensando em uma coisa que um amigo me disse esses dias: "Às vezes Deus usa as pessoas para se comunicar com a gente!"
FOTO: Na feira do Largo da Ordem.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Adeus e volte sempre

Na vida, diariamente acontecem perdas e separações. Inevitavelmente temos que abrir mão de coisas em lugar de outras. Perdemos a convivência com pessoas queridas e com pessoas não tão queridas mas ímpares, pessoas-figuras, pessoas que como diria um amigo meu: figurinhas brilhantes, aquelas difíceis de encontrar. E a vida segue, cada um segue seu caminho, e coisas acontecem. Interessante quando percebemos que essas idas e vindas, essas despedidas e essas chegadas mexem com a gente. Mexe muito mais com quem se envolve de verdade, gosta de verdade, conhece e se deixa conhecer. E por mais que estejamos rodeados de pessoas queridas, amadas e especiais, por mais que não estejamos sozinhos, a verdade é que é cada um por si. Um dia o acaso (se é que existe) nos afasta, nos move, nos transporta pra outro lugar, com outras pessoas, outros acontecimentos. São despedidas, são boas-vindas, tudo novamente. Ciclos da vida, momentos únicos e detalhes que jamais pensaríamos que nos viriam na mente em forma de saudade. Cada dia, por mais "normal" e comum que possa ser, é um pedacinho da nossa história, é onde deixamos nossas marcas boas ou ruins, é onde podemos deixar saudades. E as coisas passam, a vida passa e pessoas passam por ela. E é tão boa essa interação com o outro, esse aprendizado, a descontração. Agradeço por não ter coração leviano, por ser toda sentimento, pelo envolvimento, por conseguir me entregar, por conseguir extrair, por conseguir me doar. O Adeus é mais dolorido quando se é assim, porém, agradeço a sensação de gostar, o motivo pra ter saudade, a intimidade que compartilhei, as histórias que ouvi e que contei, tudo que aprendi e que ensinei, os presentes que recebi e que dei, as emoções que presenciei, os sentimentos que demonstrei, as verdades que falei, as lágrimas que não segurei, os riscos que corri, as vezes que acertei, e mesmo as vezes que não acertei mas que fiz o que pude para isso. E agradeço a minha sensibilidade em entender nossas imperfeições sem me prender a elas, agradeço aceitar as pessoas e com elas rir do que tem graça, chorar pelo triste e ignorar o que não serve para nada. E agradeço você ter passado por minha vida e por eu ter passado pela sua. Hoje digo Adeus ao que se vai, digo Seja Bem-vindo ao novo, digo Volte Sempre ao que vale a pena ser repetido. Digo Vai com Deus ao que deve ir sem olhar pra trás, e não digo nada quando não se pode mais dizer...
domingo, 22 de agosto de 2010
Viagem olfática
Hummm, que cheiro é esse? É cheiro da costela de domingo. De muitos domingos há anos. Das macarronadas de domingo que minha vó fazia. Da família falando alto, todos ao mesmo tempo. E quando lembro do cheiro da macarronada lembro também do cheiro da minha vó, da casa dela, do cuque de amora, do pé de amora que eu subia para colher frutinhas! E quando lembro de frutinhas, lembro do cheiro de morango com nata. Esse cheiro me lembra uma pessoa especial, muito especial. Nossa! E agora me lembrei do cheiro do shampu dos seus cabelos, e do cheiro do amaciante da sua roupa misturado ao seu perfume e ao cheiro da sua pele. Cheiros de peles. Os cheiros das pessoas, da minha mãe, do meu pai, da minha irmã, dos meus amigos. Os cheiros que nos levam longe e nos fazem viajar. O cheirinho do bebê, do animalzinho de estimação, cheirinho do travesseiro, do pescoço, da roupa, cheirinho de limpeza, de frescor, cheiro de comidinha feita em casa. Os cheiros nos transportam até nossas lembranças mais distantes, em que quase nada se recorda, mas o cheiro...o cheiro fica impresso em nosso ser, gravado em nossa memória, arrico dizer, pra sempre. Cheiros bons e ruins, agradáveis ou não, todos eles nos trazem imagens, flashes, insights, pessoas, sentimentos e saudades. O passado sempre traz saudades, a infância, as pessoas que se foram, as que desapareceram, as que só passaram rapidamente. Os rostos, os momentos, os choros, os suspiros, os cheiros...
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Titãs: É preciso saber viver
Eu cresci acreditando nas pessoas e em tudo que via. Eu dizia: “Mas pai, estava escrito!” E meu pai dizia: “O papel aceita tudo”. Eu dizia: “Mas ele falou pai”. Meu pai dizia: “As pessoas não falam a verdade sempre”. E a vida foi ficando incerta. O que era real neste mundo? Eu já não sabia. No começo foi difícil, hoje está terrivelmente difícil. Está difícil entender que ninguém é de ninguém, que as palavras são jogadas ao vento, que os atos não são mais vigiados. Essa confusão toda se chama vida. Essa vida é a nossa realidade. Essa realidade não é nada fácil. Eu tenho medo por não entender da arte de viver, por saber que as coisas são como são, que além de não conseguirmos mudá-las temos que conseguir captar bem sua essência para entendê-las. Que isso cansa e às vezes desanima. Que tudo está em constante mudança e que estamos cada vez mais longe de entender. Ao mesmo tempo, aí está o sentido da vida: saber viver e conseguir se encontrar no meio dos apocalipses diários. Ser feliz com o que se tem, buscar o que se quer, não se iludir, ter sensibilidade para escolher o caminho e não se desesperar nas dificuldades. Então, você tem que ser suficiente para você. Você deve ser sua melhor companhia. Você deve ser seu fã. Um novo desafio: Localizar-se no mundo, conhecer-se e preencher-se de si mesmo. Esta última julgo ser a mais difícil. Nossos espaços são ocupados freqüentemente pelos outros, por projeções que fazemos, por necessidades que criamos. E eu me olho e me vejo como um tear, um crochê, um tricô, um bordado. Fico entrelaçada, confundida, misturada comigo e com os outros que preenchem meus vazios. Se eu espero e não vem, o buraco aparece, e torna-se o foco de tudo. O tricô começa a se desmanchar. Vejo que se não tenho o que espero, o meu eu se desfaz junto com todo o resto. Por quê? Porque me misturei demais. Porque não consigo mais distiguir entre eu e os outros, entre eu e você. Porque tenho jogado nos outros minhas expectativas, minhas vontades, meus sonhos, minha vida. A vida que é tudo que temos, eu tenho entregue aos outros, na esperança que eles me façam feliz. Isso acontece porque é mais fácil culpar os outros por nossa infelicidade e nosso fracasso. Porque se não fomos felizes, isso já é triste demais para somar ao fato de sermos os culpados disso.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Extra Extra!!
Deu no Jornal da Manhã: "Doença da Idade da Pedra, não contagiosa e ainda sem cura intriga cientistas e não-cientistas." A doença tem como principal sinal o coração partido e como principal sintoma sensação de "batata na garganta". As estatísticas dizem que todas as pessoas já sofreram ou sofrerão desse mal pelo menos uma vez na vida e que todos carregam o agente causador consigo. Apesar de ter sido identificada nos primórdios, essa doença é uma incógnita nos dias atuais, pois acomete em larga escala, causa dor intensa e não é contagiosa. Os casos acontecem isoladamente e a cura é individual também. Algumas vítimas apresentam cura rápida (alguns minutos), porém outras chegam a levar a vida toda tentando curar-se. Intrigante também é o fato de que pode causar seqüelas ou não, independente do sexo e da quantidade de envolvimento com o agente causador. Nem sempre o agente causador sabe a dor que causou. Muitas pessoas já buscaram entender essa doença, mas as pessoas que mais se dedicaram a debater esse tema foram e são os filósofos e os poetas, que até hoje surpreendem-se com os sinais e sintomas e com o mistério de contagiar-se pela paixão e pelo amor sem intenção alguma. Muitas pessoas reincidentes dizem que o melhor remédio é o tempo, outras dizem que é abrir o coração a oportunidades. Por fim, conclui-se que não existe forma de prevenir e nem de remediar, e infelizmente deve ser dito: Você está susceptível.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
O mesmo vestido
E foi lindo aquele tempo em que as coisas costumavam ser de verdade, em que as palavras eram puras e transparentes. Em que usei o vestido com alças de pedras e de noite demos risadas juntos. Em que o abraço era um encontro de almas e uma troca de energias de amor, simplesmente. Em que estar junto significava muito mais do que distância física. Em que o respeito era a base e era natural.
E foi triste quando os sons das risadas daquela noite e de todas as outras passaram a existir só na memória e quando os abraços passaram a existir só na imaginação, e o calor só no coração.
E foi ruim encontrar outras risadas, risadas maldosas, outros abraços, abraços gelados, outras palavras, palavras traiçoeiras. Em que o respeito foi esquecido, em que eu usava o mesmo vestido de alças de pedras...
E foi triste quando os sons das risadas daquela noite e de todas as outras passaram a existir só na memória e quando os abraços passaram a existir só na imaginação, e o calor só no coração.
E foi ruim encontrar outras risadas, risadas maldosas, outros abraços, abraços gelados, outras palavras, palavras traiçoeiras. Em que o respeito foi esquecido, em que eu usava o mesmo vestido de alças de pedras...
A vida é pra valer
A cada novo episódio de nossa vida nós encontramos motivos para tudo: pra recordar, pra rir e pra chorar, e, se possível, motivo para ter valido a pena nem que seja pela lição aprendida. "Tudo vale a pena se a alma não é pequena", não é mesmo Fernando Pessoa? Quem sabe seja por aí: "se a alma não é pequena". Nem tudo na vida vale a pena. Engana-se aquele que diz sempre preferir arrepender-se de ter feito do que de não ter feito. O melhor é saber o que se quer e não sair se atirando em qualquer situação. Há momentos que se deve parar e às vezes recuar. Há momento de dizer Não. E, há momentos de se enxergar de verdade para poder sentir o que realmente vale a pena nessa vida. O que não vale é adaptar-se o tempo todo, é sujeitar-se o tempo todo, é comercializar-se. Essa vida não é de brincadeira, é pra valer, é pra valer a pena. Quando se percebe que alguma coisa está em desacordo é porque você não se inclui. E sabe de uma coisa? Não é preciso incluir-se em tudo. É justo que se discorde e que não queira adaptar-se por necessidade de inclusão. Ainda é preferível ter um sono tranqüilo e solitário do que um perturbado sono coletivo. Não é necessário contentar-se e agir a contra gosto. Se pra alguns funciona assim, ótimo, pra outros não funciona não. Pra que se contentar com pouco? Pra que se contentar com coisas erradas? Não tem mais jeito? Então é melhor estagnar-se, recusar-se. "Reivindique o céu - ele é seu." OSHO
terça-feira, 3 de agosto de 2010
"Euzinho"
Olhei pra dentro e vi um serzinho saltitante, que dizia: "Eu estou aqui!! Eu quero sair!!" E eu sabia que existia alguém ali porque eu ouvia uma voz que falava comigo todos os dias. Eu sabia que era um ser sutil porque nem sempre eu tinha certeza se ele tinha falado ou não. Um ser discreto mas firme, surgia em todos os momentos, principalmente nos momentos de maior conflito. Tenho que admitir que é um ser sereno mas que já perdeu a cabeça algumas vezes e gritou comigo. Ninguém pode ouvir porque ele não fala com a boca e eu não ouço com o ouvido, ele vive dentro de mim. Muitas vezes eu o ignoro e quando eu faço isso ele fica tão desesperado que fica se debatendo e me sinto desconfortável, com a sensação de que algo não está certo. Realmente não está, desrespeitei a minha vontade, a minha intuição, a minha sensação interna. Esse serzinho mora lá no fundo, escondidinho e você percebe que ele existe quando sente lá no fundo que não deve fazer alguma coisa ou que deve fazê-la. Que deve prosseguir num relacionamento ou não, que deve fechar um negócio ou não. É a nossa voz interna, o nosso "euzinho" que nos dá dicas e nos descreve a nós mesmos. Ele sente tudo e nos passa um relatório do que nos faz bem e o que nos faz mal, e pede gentilmente que não nos desrespeitamos e que façamos apenas o que nos traz tranqüilidade e que esteja de acordo com nossas convicções. E que esperneia quando nos vê a beira do abismo e nós sabemos disso. Às vezes ele pede pra sair porque nós o asfixiamos para que pare de falar e dizemos: "Eu sei que não vai dar certo e que eu não devia, mas..." Você acaba de ignorar seu "Euzinho" e sabe que ele tem razão na maioria das vezes. Conclusão: Você está correndo de encontro a um muro, vai quebrar a cara e sabe disso. Boa sorte nos curativos!!
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Robozinho Humano

Essa é uma espécie humana interessante: os robozinhos (maquininhas de realizar). Essa espécie programa antes de realizar, planeja antes de fazer e decide até o que sentir. Essas maquininhas de fazer acontecer estão espalhadas por aí executando suas tarefas. Robôs são assim, eles são programados e em seguida executam o que estiver no programa. Por quê? Porque são máquinas, apenas fazem. Os robozinhos humanos são parecidos, com algumas diferenças e particularidades. Eles são seus próprios programadores, eles mesmos planejam e montam o programa. O que se percebe é que como eles mesmos terão que executar, o programa é um tanto falho, é montado de acordo com a conveniência, vontades pessoais e fraquezas, afinal são robôs HUMANOS. Além do programa não ser perfeito, durante a execução algumas coisas não saem de acordo por terem dificuldades em não se envolver na missão. Robôs só executam seus programas e em seguida são programados novamente sem problemas. As maquininhas humanas acabam tropeçando em algumas coisas, sentem necessidade de mudar o programa no meio da execução e bagunçam todo o previsto. Como esses robôs têm sentimentos, por mais que neguem ou que fujam deles, acabam tornando a coisa toda um pouco humana, um pouco envolvente, um pouco sofrida, um pouco agradável, um pouco lamentável, um pouco recordável. Mesmo quando eles conseguem executar seus programas exatamente como previsto, eles se envolvem de alguma maneira, e deixam de ser a mesma máquina. Novamente se programam, mas agora com uma carga diferente, um programa modificado para corrigir possíveis envolvimentos. E executam novamente, chegando cada vez mais próximos de um robô de verdade (aparentemente), e se distanciando cada vez mais do seu EU, de seus sentimentos e de sua satisfação como pessoa, como pessoa humana. Esses robôs humanos acabam sofrendo em uma missão ou outra, o que geralmente não está no programa e isso assusta, surpreende. Não estão preparados para surpresas porque o programa é um pacote fechado, com início, meio e fim, e não algo que pode ser "contornado" e mudado durante a execução. O que os robôs humanos fazem quando isso acontece? Abortam a missão. Não sabem como lidar com detalhes inesperados, com coisas grandes e com envolvimento. Não sabem lidar com superação, com sentimentos e não sabem lidar consigo mesmo.
Como tenho tanta certeza disso tudo? É humanamente impossível ser um "robô". Oras bolas, porque estamos falando de uma espécie mais racional, mas uma espécie humana! Nesses existe o subconsciente e o inconsciente, e isso faz muita diferença! A maneira de lidar com suas fraquezas é planejar tudo antes, assim, não tem erro, não é mesmo? Não é mesmo. Às vezes dá certo, mas nem sempre será assim porque humanos cansam de executar simplesmente, é muito previsível, chato e sem graça. Os robôs robôs não têm esse inconveniente porque eles não sentem, não percebem, não questionam. Um dia, o robô humano se questiona e sentem vontade de sentir. Ou um dia ele sente, e sente vontade de fugir. Robôs humanos não têm coração de lata e nem "nervos de aço". Missão abortada, carga exigida: demasiada.
FOTO: eu e o robô, hidrelétrica em Foz
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Sorria, você está sendo gentil

Ganhar um sorriso!! Como é agradável, como é confortante isso! Nem todo mundo está sorrindo hoje, cada um com seus motivos, como vamos saber? Mas pode ser que o sorriso não saia por falta de incentivo e não por falta de vontade. Quando uma pessoa está no seu mundinho, fazendo suas tarefas e transmite aspereza (ou apenas seriedade, falta de alegria quem sabe) você tem a chance de doar um pouco do seu sorriso. É aquela história: quem tem motivos para rir à toa deve sair rindo à toa mesmo, distribuindo e dividindo sua alegria. Quem está feliz não cansa de rir e o riso não acaba. Porém, quem não tem tantos motivos para sorrir e recebe um sorriso de graça, sem intenções, apenas com a intenção de saudar um irmão, ganha instantaneamente um sorriso no rosto. Esse sorriso pode ser que estivesse preso apenas esperando uma oportunidade de sair, e então você conseguiu arrancá-lo. E junto com um sorriso podem vir palavras e gargalhadas, puras e ingênuas, que acontecem simplesmente naturalmente. Sabe o que mais? Isso pode mudar o dia de alguém, e dependendo do momento...pode até mudar a vida. Não economize sorrisos e respeito pelo próximo. A alegria de um sorriso não tem cor, idade, classe social e escolaridade. Um sorriso espontâneo e desinteressado é um presente. Isso também é doação e uma espécie de caridade. Dê um pouco de si sorrindo e verá que não dói nada.
FOTO: emprestada da net
Qüé Qüé (como o pato faz)
Acho que você não existe. Não assim do jeito que eu te vejo. Eu sei que não.
E eu acho que eu também não existo. Não assim do jeito que eu costumo parecer quando estou com o seu eu-inexistente. Comecei a achar que nós dois (assim como parece) não pode ser possível, ou você não existe ou eu não existo. Mas eu penso tanto sobre tanta coisa e "se penso logo existo", certo? Mas e agora? E você? Você quer mesmo existir? Então exista, eu desisto. Pode existir, mas não desista. Leve adiante o que você acredita e exista. Mas se mantenha no que você diz ser, você consegue existir sempre assim? Vai desistir? Então me dá aqui, eu vou existir do tamanho que sempre quis ser e na verdade que sempre fui. Não se pode existir cada vez de um jeito, uma hora a casa cai, a máscara cai, você cai. Eu caí, quando acreditei que você existia. Mas essa queda foi diferente, nessa eu caí como uma "pata".
FOTO: Tirei do céu na estrada Ctba-Ponta Grossa.
Ladrões
Ouvi dizer que a dor traz mais inspiração que a felicidade e estou começando a acreditar. Pelo menos pude perceber que o meio termo não causa muita coisa, mas a tristeza profunda e a felicidade contagiante causam muita coisa sim, remexem com a gente por dentro. E remexem e remexem. Remexem tanto que chega a dar tonteira e confusão mental. Na felicidade não tem erro: tudo é lindo, tudo está bem, tudo vai ficar bem. Na tristeza: tudo vai mal. E eu sinto que uns pedaços de meu dia são roubados, pedaços de minhas horas e de meus meses. É triste a decepção... e é triste como as coisas se transformam depois disso. É chato comer chocolate, é amargo sorrir, é insuportável fazer as coisas do dia-a-dia. E então, vem os porquês. Será mesmo que tudo tem uma explicação? Coerente pelo menos? Quem vai dizer? Mas acho que deve existir uma pena para os ladrões de coração, para os ladrões de beijos, para os ladrões de dias e de horas. Pelo menos para os que roubam e jogam fora. Esses não vão presos não?? Eu acho que vão sim. Eles acabam ficando presos às suas más condutas e ao sofrimento causado. Ficam presos às suas consciências ou então acabam sendo roubados também. A justiça é o que se quer. Mas então eu lembro da Lei do Karma que fará a justiça na Terra. Finalmente, percebo que eu não me importo se o ladrão vai ou não ficar preso em sua consciência ou se o Karma vai agir, o que eu queria mesmo era não ser roubada...
FOTO: tirei da estrada Ctba-Ponta Grossa
Vamos nos mudar?
Em alguns momentos você pode fazer o impossível e nem mesmo isso será suficiente. Em outros momentos você não precisa fazer nada porque é indiferente. Cada pessoa carrega a sua verdade dentro de si e essa verdade é praticamente imutável. Mudanças são sempre doídas, porque sempre teremos que deixar algo para trás, nem que seja apenas um pequeno e insignificante hábito. Mudanças são necessárias para nossa evolução porque, na tentativa de nos adaptar e na maneira de lidar com o que deixamos pra trás, nós crescemos muito se prestarmos atenção nos detalhes. Mudanças trazem novidades que no início causam ansiedade, medo, insegurança e uma saudade incrível das coisas como costumavam ser, por mais que não fossem tão boas assim, mas estávamos acostumados a elas. Porém, nada é para sempre e tudo se transforma, já diziam antigos cientistas, e é assim mesmo. Ou você encara que é preciso mudar e faz isso com decência, ou você morre negando a necessidade da mudança, tudo muda a sua volta e você percebe que está num meio estranho. As coisas não funcionarão tão bem (porque a mudança era necessária) e você pode sofrer mais do que precisaria. No entanto, na teoria as mudanças são lindas e tão comuns, mas na prática elas são muito complexas e carrascas. Elas fazem doer. Elas nos judiam sem piedade e exigem determinação para que aconteçam de verdade. A verdadeira mudança acontece no comportamento, nas atitudes, no modo de pensar e no modo de sentir. Sim, é preciso realmente querer essa revolução. Confabular, planejar, visualizar sem executar é decisivamente improdutivo. Não tente se enganar e nem enganar os outros porque a mudança quando acontece de verdade é perceptível, não é necessário anunciá-la. E a mudança que ocorre de verdade é capaz de contagiar as pessoas a sua volta fazendo com que mudanças nítidas aconteçam nelas também. Afinal de contas você nunca vai receber uma resposta diferente se continuar fazendo a mesma pergunta. Resultados diferentes são obtidos com atitudes diferentes, mas, se mesmo assim voce não tiver sucesso em sua empreeitada, é porque está fazendo a pergunta para a pessoa errada...
FOTO: tirei de mim mesma, estrada Ctba-Ponta Grossa
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Eu não quero mais brincar

Eu não quero mais brincar, brincar de sofrer
Eu não quero mais brincar, brincar de te perder
Eu não vou mais entrar pela porta dos fundos
Eu não quero mais ter pensamentos imundos
Não quero estar por trás dos bastidores
Sou atriz principal do amor e das dores
Mesmo assim eu já cansei de atuar
Eu sinto admitir, mas não quero mais brincar
Como é que eu faço pra você me deixar
Eu perco o compasso só de te olhar
Mas você me apronta de cara lavada
Depois vem se chegando e dando risada
Eu não tenho mais paciência pra desilusão
Já enchi de buracos o meu coração
Como é que eu faço pra você me deixar
Eu preciso de sossego pra poder me organizar
Eu fiz em pedaços aquele retrato
Depois de sexta-feira se te pego te mato
Eu usava o retrato pra me ajudar
Agora, paciência, terei que colar
Mas como é que eu faço pra você me deixar
Eu preciso de espaço pra me gostar
Suma e leve tudo que deixou
Não preciso de lembrança pra lembrar o que ficou
Você jogou tudo, tudo pro ar
Você queria ver no que ia dar
E deu no fim do início
Como um vício que eu terei que lidar
Eu não acredito do que você foi capaz
Eu não acredito que eu não volte atrás
Mas preciso de um jeito de você me deixar
Eu quero minha paz, eu quero respirar
Do jeito que veio, vá embora
Chega de papo, chega de demora
Como é que eu faço pra você me deixar
De um jeito que entenda que é pra ficar
Se eu digo vá embora, não precisa escutar
É só um jeitinho de eu poder revidar
Mas se eu resolver te deixar de verdade
Leve tudo com você e não deixe nem saudade
Eu não quero mais brincar, brincar de te perder
Eu não vou mais entrar pela porta dos fundos
Eu não quero mais ter pensamentos imundos
Não quero estar por trás dos bastidores
Sou atriz principal do amor e das dores
Mesmo assim eu já cansei de atuar
Eu sinto admitir, mas não quero mais brincar
Como é que eu faço pra você me deixar
Eu perco o compasso só de te olhar
Mas você me apronta de cara lavada
Depois vem se chegando e dando risada
Eu não tenho mais paciência pra desilusão
Já enchi de buracos o meu coração
Como é que eu faço pra você me deixar
Eu preciso de sossego pra poder me organizar
Eu fiz em pedaços aquele retrato
Depois de sexta-feira se te pego te mato
Eu usava o retrato pra me ajudar
Agora, paciência, terei que colar
Mas como é que eu faço pra você me deixar
Eu preciso de espaço pra me gostar
Suma e leve tudo que deixou
Não preciso de lembrança pra lembrar o que ficou
Você jogou tudo, tudo pro ar
Você queria ver no que ia dar
E deu no fim do início
Como um vício que eu terei que lidar
Eu não acredito do que você foi capaz
Eu não acredito que eu não volte atrás
Mas preciso de um jeito de você me deixar
Eu quero minha paz, eu quero respirar
Do jeito que veio, vá embora
Chega de papo, chega de demora
Como é que eu faço pra você me deixar
De um jeito que entenda que é pra ficar
Se eu digo vá embora, não precisa escutar
É só um jeitinho de eu poder revidar
Mas se eu resolver te deixar de verdade
Leve tudo com você e não deixe nem saudade
FOTO: Eu fazendo invertida sobre a cabeça (aprendi no Swásthya Yôga) na praia de Joaquina - SC.
domingo, 18 de julho de 2010
Silêncio

Não se diz nada quando não se tem o que dizer...Cala-se quando o que se tem a dizer não é melhor que o silêncio. E o que se precisa é de silêncio. No silêncio se faz a reflexão, a observação e se conhece a si mesmo. Ao contrário do que parece, o silêncio não é o nada, é apenas ausência do barulho que se ouve com os ouvidos, das palavras que são ditas pela boca. A comunicação acontece com o olhar, com o gesto. Ouve-se coisas que nunca se ouve, conseguimos ouvir a nós mesmos, a nossa consciência. Podemos descobrir algumas coisas adormecidas e podemos sentir mais do que nunca. E às vezes o silêncio basta.
Para bons entendedores...o silêncio basta.
Para bons entendedores...o silêncio basta.
FOTO: tirei de mim mesma, não lembro quando.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Bem vinda ao mundo real

Minha Nossa, tem muita gente lá fora! Eu não tinha reparado! Quanta coisa diferente, quanto jeitinho de ser, quanto timbre de voz, quantas manias, quantas fraquezas, quantas experiências, quanta criatividade, quanta espontaneidade, quanta oportunidade!! "E você menina?? O que estava fazendo naquele canto, calada e pensativa? Já não te falei para não brincar aí? É perigoso...você pode se machucar. Sorte sua estar tudo bem. Agora anda! Vai brincar lá fora, também tem seus perigos mas pode ser mais interessante..."
FOTO: eu, rodopiando na sala
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Sem palavras
Por que você quis ser percebido, foi percebido e se chegou?
Por que você quis chegar, chegou e ali parou?
Por que você quis recuar, recuou e se afastou?
Por que você quis me abordar, me abordou e me despertou?
Por que você quis me conhecer, me conheceu e se interessou?
Por que você quis me encantar, me encantou e me conquistou?
Por que você quis me ganhar, me ganhou e não valorizou?
Por que você quis brincar, brincou e se apaixonou?
Por que você quis terminar, terminou e se apavorou?
Por que você quis voltar, voltou e não se esmerou?
Por que você quis se declarar, se declarou e depois negou?
Por que você quis errar, errou e se lamentou?
Por que você quis tentar, tentou e desanimou?
Por que você quis partir, partiu e já voltou?
Por que você quis impor, impôs e não se animou?
Por que você não pára de bobagem, olha nos meus olhos e me diz o Porquê?
Por que você não pára de bobagem, olha nos meus olhos e me diz o que quiser?
Por que você não pára de bobagem, olha nos meus olhos e me diz que não há amor maior?
E por que você não diz isso sem usar palavras?
FOTO: tirei no Rio de Janeiro, água do mar batendo nas pedras se confundindo com o branco das nuvens
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Brincadeira perigosa
Pra que lado você está olhando? O que você quer encontrar?
Às vezes quero encontrar respostas para perguntas que ainda não fiz e quero soluções para problemas irreais que crio brincando de imaginar... Nesse mundo paralelo da imaginação me perco entre verdade, mentira e suposição, e não me encontro mais. Decido me defender afastando o que pode me causar dor ou o que pode fazer eu me sentir sozinha. Então, enxergo as cenas que criei e começo a sentir as dores e os horrores da minha verdade criada. Em minutos o desespero toma conta e invade todo o mundo paralelo e a cabeça roda. Tudo gira muito rápido e a verdade criada fica em tudo e ao redor de tudo, a visão vai ficando turva e mais nada posso enxergar. Minha verdade se torna minha realidade e o mundo desaba. O som dos prantos é ouvido há quilômetros, as palavras são jorradas e misturadas e saem sem parar, saio correndo pra longe de tudo, me perco e não me encontro mais até me perder novamente...
FOTO: tirei de mim mesma, logo após ter ficado pseudo loira
terça-feira, 13 de julho de 2010
Dia Internacional do Rock!! É hoje!!

Rock´n Roll!!!
Não podia deixar passar em branco... Viva o Rock´n roll nascido nos anos 50 e incrementado ao longo dos anos. Ritmo que já nasceu da mistura e continua sendo mesclado! Ritmo que influenciou e influencia pessoas e comportamento até hoje, que marcou história e que contagia nossos momentos! Viva Chuck Berry, Bob Dylan, Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Beatles, Rolling Stones e toda a leva do bom som!! Nossa vida tem trilha sonora sim, a minha sempre foi embalada por um bom Rock... Graças a Deus!
Não podia deixar passar em branco... Viva o Rock´n roll nascido nos anos 50 e incrementado ao longo dos anos. Ritmo que já nasceu da mistura e continua sendo mesclado! Ritmo que influenciou e influencia pessoas e comportamento até hoje, que marcou história e que contagia nossos momentos! Viva Chuck Berry, Bob Dylan, Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Beatles, Rolling Stones e toda a leva do bom som!! Nossa vida tem trilha sonora sim, a minha sempre foi embalada por um bom Rock... Graças a Deus!
FOTO: tirei de mim mesma. Brincando com a imagem de Bob Dylan na tv
domingo, 11 de julho de 2010
Um dia desses
Um belo dia lá está você novamente, cara-a-cara com a sua realidade...
Estranhamente, misteriosamente, casualmente ou divinamente (não sei dizer) a vida te joga na cara algumas coisas, te coloca pra refletir sobre sua vida, sobre as situações que te envolveram e sobre os obstáculos e dores que você teve que superar.
Um belo dia você descobre que você não é nada além de um sopro de vida. Descobre que você não representa nada quando comparado ao todo e que a vida não tem piedade de ninguém não.
E também descobre que (ao mesmo tempo que você passa uma experiência impiedosa nessa vida, percebe a insignificância de ser mais um) alguém ou algo se preocupa em deixar a cada um uma mensagem, uma razão para você ser quem é.
Um dia você percebe que a vida se comunica com você, ela te diz que você não está esquecido, que apesar de ser apenas mais um, você é único, e que o todo precisa de você para ser completo, assim como precisa de cada um. E a vida te surpreende. Ninguém passa por aqui sem ser surpreendido, sem ter aprendido, sem ter que superar coisas. E ninguém passa por aqui sem se emocionar com o quanto somos capazes mesmo não sendo ninguém.
Um dia, num dia nublado quem sabe, você vai entender que as coisas deveriam ser exatamente como foram e que você podia ser exatamente como quisesse. Descobre que todo mundo tem uma missão, que todo mundo tem que lutar contra alguma coisa e que a vida não é mole não.
Um dia, num dia ensolarado quem sabe, você vai perceber a beleza da conquista, da vitória e da superação. Você pode ver a glória e sentir alívio de dever cumprido e de dificuldade superada. E vai alertar aos novos tripulantes sobre as peças que nos são pregadas. Os novos tripulantes não darão ouvidos, porque a vida está começando a se revelar para eles e ainda não entendem que isso aqui é um escola onde se aprende com a dor. Um dia eles decobrem sozinhos que somos todos companheiros de viagem, que apoiamos uns aos outros mas que cada um sabe de si. Que a viagem é a mesma mas é diferente para cada um, que você pode passar despercebido ou pode deixar marcas e lembranças. Você pode tornar a viagem mais agradável aos seus companheiros ou pode causar mais turbulência. Você pode apenas aprender com os dias ou você pode ser feliz enquanto isso. Ninguém disse que deve ser triste, apenas que deve ser...
FOTO: eu, patinando no gelo. Shopping Estação
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Madre Tereza também não, né?
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Bom, como a graça está no livre arbítrio, no único, e, na nossa liberdade de decidir, hoje eu decido chutar o balde. Hoje eu estou em desacordo com aquele mundo doce e colorido de ontem, que tinha muito cor-de-rosa e era um tanto utópico. Tudo bem, o mundo precisa de amor, as pessoas precisam de amor, eu preciso de amor, mas tem gente chutando a boca da gente o tempo todo! E se chuta uma vez, até nos esforçamos em tolerar, mas, se vem chutar a segunda vez, a gente tem que estar esperto, não é? Tolerância é bom mas desde que não deixemos de nos respeitar, isso é importante. Todo mundo erra e erramos muitas vezes, repetimos o erro também. Erramos por não saber, erramos por desatenção, erramos por não avaliar prós e contras, por não analisar o custo-benefício, erramos porque queremos, afinal, um pecadinho de vez enquando cai bem, não? Pelo menos era o que nosso querido Oscar Wilde já dizia no século XIX! Esse irlandês era fã de um pecado, tinha ódio de mulheres e era veementemente contra o casamento, mas claro, ele tinha suas razões. Oscar Wilde era homossexual no século XIX! Isso explica muito dos seus pensamentos, de suas revoltas, suas desilusões e suas atitudes. Conforme ele, melhor do que pecar é a divulgação do pecado, isso dá muito mais prazer. Dizer-se pecador é prazeroso: "Orgulho é a metade do atrativo do pecado. Nada nos envaidece tanto como dizerem-nos que somos pecadores." E seja lá qual for o motivo de errarmos, a verdade é que ninguém tem que aguentar "craca" de ninguém. Se alguém te faz mal você afasta, mantém longe, evita ou deleta, afinal, as pessoas têm que refletir sobre seus erros e fazer alguma coisa a respeito. A não ser que realmente não queiram e estejam felizes errando como estão, elas decidem. Elas decidem mesmo!! Ninguém muda ninguém! Guarde isso: "Ninguém muda ninguém". Uma das grandes leis ou lições da vida, que inclusive deveria ser ensinada na escola para que embutíssemos isso em nossas cabeças desde cedo. Todo mundo já patinou tentando mudar outra pessoa, mas deve ser por isso que a cabeça é dura: pra bater na parede. Insistir em mudar alguém é ficar batendo a cabeça na parede incessantemente. A mudança acontece quando nós decidimos mudar a nós mesmos, isso sim é possível. Ninguém nos muda se não permitirmos e mais, se não desejarmos isso de verdade. Então, cada um é o que deseja ser. Não temos que ter estômago forte pra tudo não. Tem coisas que a gente não digere e tem coisas que não conseguimos engolir (nem com farinha). Brincadeira tem hora e o bom senso tem que estar presente. Então, ninguém é santo e perfeito, mas ninguém é bobo suficiente para não se saber errante. Então, cada um tem que dormir com o barulho que produz.
E tudo bem, eu não resisti:
"Não ame por beleza, pois um dia ela acaba, não ame por admiração, pois um dia posso me decepcionar. Ame apenas, pois o tempo nunca poderá apagar um amor sem explicação." Madre Tereza de Calcutá
Agradeço ao meu amigo L.B.M por ter me apresentado Oscar Wilde há uns anos atrás.
FOTO:tirei de mim mesma num dia que enrolei os cabelos
terça-feira, 6 de julho de 2010
Um mundo mais doce e colorido
Não cause dor, faça amor
Espalhe amor, e faça isso de graça
Nem sempre você receberá amor porque nesse mundo tem muita dor
Não justifica, mas explica...
Quem muito sofreu não se importa em machucar (parece justo, não é? Todo mundo sofrer... será?)
Não cause dor, não deseje o mal, ele volta, ele contamina tudo, vai sendo transmitido, e ele volta... e ele fica a sua volta... Livre-se disso.
Não se vingue, esqueça, perdoe, sofra e saia espalhando amor e sorrisos
O mundo precisa disso, as pessoas precisam disso... de amor
Um mundo mais doce e colorido
Pessoas mais felizes, mais palavras gentis
Mais sorrisos, mais carinho, mais amizade, mais solidariedade, mais compreensão
Mais atenção, mais confiança, mais consideração, mais reconhecimento, mais consciência
Mais sentimento, mais sensibilidade, mais respeito
Mais carater, mais responsabilidade
Mais amor (de todas as formas)...
Não cause dor, você não tem o direito de fazer isso
A grosso modo: se não for pra contribuir, então não atrapalhe
FOTO: eu, feliz da vida nas calçadas de Buenos Aires
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Dói e fim de papo

Não choro de fraqueza, choro pra me libertar.
Não preciso que passe a mão na minha cabeça porque eu já estou a levantar.
Hoje mesmo já estou rindo das coisas da vida pois a minha ferida já vai cicatrizar.
Seu sentimento apertado e reprimido, pode já ter corroído o seu motivo pra cantar.
Seu canto vai sair apertado, o seu choro foi contido então seu coração magoado.
Medo de se despir a alma... falta calma pra se permitir chorar
Falta coragem de admitir que dói, em todo mundo dói, e pronto.
Não preciso que passe a mão na minha cabeça porque eu já estou a levantar.
Hoje mesmo já estou rindo das coisas da vida pois a minha ferida já vai cicatrizar.
Seu sentimento apertado e reprimido, pode já ter corroído o seu motivo pra cantar.
Seu canto vai sair apertado, o seu choro foi contido então seu coração magoado.
Medo de se despir a alma... falta calma pra se permitir chorar
Falta coragem de admitir que dói, em todo mundo dói, e pronto.
FOTO: tirei de mim mesma. Praia da Joaquina - SC
Faz-se o que se quer
Eu posso decidir agora te odiar para sempre.
Eu posso decidir agora te amar para sempre.
Eu posso simplesmente ser indiferente, e sou eu que decido.
Eu posso decidir agora ir pra longe.
Eu posso decidir agora ficar aqui.
Eu posso decidir agora que não sei pra onde ir, e sou eu que decido.
Eu posso gostar de camarão.
Eu posso não gostar mais de camarão.
Eu posso voltar a gostar de camarão, e sou eu que decido.
Eu posso me lamentar pelos erros dos outros.
Eu posso lamentar pelos meus erros.
Eu posso aprender com tudo isso ou não, e sou eu que decido.
E Eu decidi estampar um sorrisão no rosto!
(E se daqui a pouco eu resolver chorar, sou eu que decido.)
FOTO: eu, em um casamento
Ainda não virei pastora!
Eu não tenho o dom de converter ninguém (nem paciência e nem tempo), aliás quem sou eu pra convencer alguém de alguma coisa? Cada um acredita no que quer, no que convém, no que consegue. Algumas coisas são complexas demais e simplesmente não entram em algumas cabeças. Eu hein!?! Vivo minha vidinha quietinha, só observando. Quem acredita mais é muito mais feliz! Sem dúvidas! A bondade e o amor estão dispersos no meio da sujeira toda, mas está, mas existe. E pro mais descrente de todos, que diz não acreditar no amor, deixo isso: "Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem."
Traduzindo: Você pode não acreditar no amor, mas que ele existe, existe.
FOTO: tirei das mãos erguidas no show do KISS no RJ
Priscila Visionária

Sim, eu vi.
Eu vi duendes, eu vi gnomos, eu vi tragédias, eu vi mentiras, eu vi maldade.
Eu vi fadas, eu vi elfos, eu vi desilusão, eu vi decepção, eu vi arrependimento.
Iiiiiii, eu tenho visto tanta coisa por aí. Iiiiiii, o mundo ta cheio disso aí. Vira e mexe tropeçamos num caco qualquer. Vira e mexe nossa energia é sugada por um vivente qualquer. Eu tenho visto tanta coisa! Nesse mundo acontece tanta coisa... Uma coisa leva a outra... e assim vai. Um coração magoado acaba por magoar um coração inocente. Isso acontece o tempo todo por causa do rancor que se carrega no peito, na cabeça, no ego. Há de se sair por cima sempre, o orgulho sempre grita, esperneia e não nos deixa em paz. Que vença o pior! Que vença o que mais pisa, o que mais mente, que mais engana e o que mais humilha! Aí sim, o ego fica preenchido!! Preenchido do que meu bom rapaz? Hein? Hein? Preenchido de pensamentos como esse: "Eu consegui enganar!! Como sou bom!!", ai ai. Que tal: "Eu disse a verdade!! Como sou bom!!", isso já é pedir demais meu bom rapaz? Isso já é pedir demais... Eu tenho visto tanta coisa! Tanta coisa por aí! É tanta coisa errada que quando se depara com o certo até se duvida! Nãaaaooooo, não pode ser... Coisa boa não deve ser... E "assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade", assim caminha a humanidade, descrente de tudo, até da verdade...
FOTO: tirei de mim mesma
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Eu vi uma luz
Eu vi uma luz. E agora, oh grande lua de Urano? Estou nascendo ou estou morrendo? Nada disso, foi uma luz no fim do túnel, a esperança, aquela que morre por último! Sim, a esperança tem que estar presente sempre, temos que esperar algo da vida para que sejamos impulsionados para o dia de amanhã com entusiasmo. Esperar. No entanto, ao invés de esperar, podemos ir em busca. Uma vez li que "existem duas maneiras de se chegar ao topo de uma árvore: você pode subir nela, ou pode sentar em cima da semente." Mesmo pra quem vai em busca existe a esperança, a espera de que as coisas aconteçam a sua maneira. Pra isso, cito um provérbio chinês: " Prepare-se para o pior, espere o melhor e receba o que vier". E, "a esperança é a última que morre", só começa a preocupar quando todo o resto já morreu...
FOTO: tirei de mim mesma
quarta-feira, 30 de junho de 2010
A Pedra
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Andando por aí, nas ruas dessa vida, sem procurar por nada, sem esperar nada eu encontrei uma pedra preciosa. Olhei para os lados e perguntei a quem passava se aquela pedra tinha um dono, e não tinha! Era uma pedra verde, transparente, brilhante, toda lapidada, perfeita! Ela refletia minha imagem enquanto eu a olhava, era incrível!! Então, agora a pedra preciosa sem dono era minha e isso me encheu com uma alegria muito grande, me contagiou de verdade! Eu havia encontrado uma pedra exatamente como sempre sonhei, não é incrível?? Foi então que essa pedra começou a me acompanhar e a fazer parte da minha vida.
Um dia reparei que havia algo de errado, a pedra estava com uma pequena lasca, isso me entristeceu e me perguntei como isso foi acontecer. E depois reparei que não era apenas uma lasca, ela tinha mais lascas e alguns riscos. Com os dias ela foi perdendo o brilho e quando menos esperei ela já não refletia minha imagem quando eu olhava pra ela, não me enxerguei mais nela. Fiquei desapontada... Um belo dia percebi que eu não sabia onde a pedra estava, sabia que estava comigo, mas onde? Eu sentia um certo desconforto porque eu gostava muito daquela pedra, ela me desapontou e agora eu não sabia bem onde ela estava. Isso até gerou certa dúviva: Ela estava comigo ou não? Foi quando percebi que ela estava comigo sim, ela estava no meu sapato.
FOTO: tirei essa foto no Museu da História Natural em NY
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