sábado, 23 de julho de 2011

Grande perda: Amy Winehouse


Acabei de ver o noticiário na tv e ouvir o que eu esperava não ouvir pelo menos pelos próximos 30 anos: Amy Winehouse morreu. A notícia entrou cortante pelos meus ouvidos, ouvidos de uma fã, de uma profunda admiradora.



Amy era uma menina de 27 anos. Insegura, incrivelmente insegura. Carente. Problemática. Carregada de dores. Carregada de talento. Voz inconfundível, estilo único. Dói ver uma artista tão promissora como ela perder a vida por motivos óbvios: não saber lidar com suas inseguranças e suas dores. E sabe mais?? Como todos nós... Muitas vezes não sabemos lidar com nossas inseguranças, sofremos, fazemos outras pessoas sofrerem, nos sentimos sozinhos, desamparados, buscamos fugas e muitas vezes queremos sair correndo sabe-se Deus pra onde (um lugar seguro para nos refugiar). Infelizmente Amy buscou seu refugio nas drogas e na bebida. Sentia-se nitidamente apavorada quando estava em lugares com muitas pessoas, ficava claro seu desespero com a possibilidade de estar sendo avaliada, julgada, observada. E nós muitas vezes sentimos esse pavor também (ela colocava isso em suas composições). Amy era a fragilidade em pessoa, a insegurança estampada, era o medo de viver. Mas, quando resolvia cantar de verdade fazia todo mundo calar a boca, ela brilhante. Brilhante também foram suas origens na música. Ela ouvia Frank Sinatra quando pequena! Aprendeu a flutuar a voz com Billie Holiday, com Dinah Washington (e muito mais). Se inspirou no R&B, no jazz, no hip hop, no soul. Vou no comum: Uma menina branca com uma poderosa voz negra (cantores negros são donos das melhores vozes, alguém discorda?). O que ela fazia com a voz dela era brincadeira? Sim, ela brincava e sem fazer careta! E eu lamento muito o que ela podia fazer e não fez. Quanto poderia vir... Amy foi uma das grandes revelações, uma artista única. Registro aqui minha dor não só pela perda da artista (uma das minhas preferidas) mas também por ver um ser humano frágil, um menina deslocada (com a qual me identifico muito, a qual procuro entender) acabar assim, sozinha, vítima das drogas, vítima do mundo moderno, das transformações... Agora, orar para que fique bem onde estiver.



(Amy era muito original. Ninguém vai poder fazer o que ela faria, porém, espero que novos artistas se inspirem nela e em suas origens e que produzam bons trabalhos)

Um comentário:

  1. essa morte, mesmo que eu achasse que ia ocorrer mais cedo ou mais tarde, e dessa maneira trágica, me doeu pacas. valeu pela visita ao meu blog. dá uma olhadela por lá quando quiser.seu blog está entre meus favoritos.
    abração!

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