A culinária é uma arte. Dentre muitas artes, uma das mais saborosas. A arte está em transformar o jiló, o quiabo e a dobradinha em um manjar dos deuses ou em valorizar os sabores irresistíveis e evidenciar ricas sutilezas que encantam. A arte está na escolha, na quantidade e na combinação dos temperos. Na dose certa, somos todos cozinheiros. Incumbido de tal responsabilidade há que se esmerar e acertar nas escolhas dos temperos em nossas atitudes, pensamentos e discursos. Acredito que a pimenta não deve ser utilizada quando julgamos o outro em pensamento ou através de palavras, no entanto, generosas pitadas podem (e até devem) ser utilizadas na hora do amorzinho. O sal é indicado nos relacionamentos amorosos, na amizade, nos relacionamentos profissionais, na vida. Uma vida sem sal não traz nada de estimulante, mas cuidado, tudo em exagero não costuma dar certo. O azeite é indicado em situações de constrangimento, em situações delicadas em que se exige tato, e um azeite vai bem para ajudar. Azeite demais não é interessante, pessoas que vivem de excesso de azeite (escorregando aqui e ali) não passam despercebidas não. Gosto do limão ou do vinagre em algumas piadas, piadas ácidas. Cuidado com o humor ácido demais. O açúcar é bem vindo, um doce sorriso, uma doce conversa, uma pessoa doce... Como é bom! O gosto amargo que às vezes sentimos não causa bem estar. Mas doce, bem doce, (tão doce de “doer a garganta”) não tem quem agüente. Uma sobremesa agrada. Um melado? Nem sempre. Há que se pensar nos temperinhos que usamos. Há que se responsabilizar pelos dissabores que causamos. Há que se divertir com os sabores que inventamos.
excelenteee manaa
ResponderExcluire.... precisamos de mais textos aki... hehehe
ResponderExcluirbjooo te amo muitooo