terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nossas composições


Somos composições. Isso é certo. Somatórias e subtrações fazem quem somos. A lida na vida nos faz mais doces ou mais amargos. As pessoas que passam por nós (construindo ou destruindo) fazem parte do resultado "final". Somos o resultado de nossos pensamentos a respeito de nossa vivência, somos um pouco de cada, somos todos. Em cada passo empresto idéias e não as devolvo, deixo idéias e não volto buscá-las. Estes empréstimos são interessantíssimos e passam a fazer parte da composição que fazemos de nós mesmos. E aprendemos tanta coisa por onde passamos! E recolhemos tanta esperança nas histórias de vida! E passamos tanta força dos momentos vividos! Eu emprestei de tanta gente!! Emprestei exemplos de serenidade, de honestidade, de equilíbrio, de vontade. Emprestei otimismo, emprestei criatividade, emprestei maneiras de olhar, de abraçar, de tratar. E continuo emprestando. E não pretendo parar. Quero continuar garimpando os pensamentos, descobrindo preciosidades e raridades. Conhecendo jeitos. Isso não muda não! Quer coisa mais única que o jeito? O jeito de falar, de rir, de olhar, de andar! Jeitos não se acabam! Jeitos apaixonam, jeitos eternizam, marcam, dão saudade. Saudades...

Jeitos são insubstituíveis, definitivamente. E isso dói. Dói quando a saudade aperta e o dono do jeitinho está longe, está ausente, está ocupado, desconectado, está off line, ou bloqueado.

Jeitos que não sabemos onde estão, jeitos que já não sabemos mais. Jeitos que dão saudades. Jeitos que não se repetem...

Acho um crime alguém tentar mudar um jeito. Isso não se faz. Só existe uma espécie de cada no mundo, mudar seria extiguir uma delas, um crime. Acredito que pra cada jeito existe, pelo menos, um contemplador...

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