quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O gosto do agora


Estou bem acordada e com os olhos bem abertos, estou mais que atenta, estou ciente. E neste momento de lucidez eu percebo o gosto das coisas, o verdadeiro gosto. Quando se consegue saborear sem pressa, consegue-se ignorar o tempo e consegue-se driblar a melancolia. A graça das incertezas da vida nos deixam receosos mas nos deixam desejosos de vida. As decepções nos dão certeza de que estamos vivos, estamos inseridos nos cosmos, nos mundos, no todo. Por fazermos parte disso tudo é que estamos expostos a tudo, expostos à vida. Muito está por vir, não apenas dores para ensinar, mas energias boas e fortes que nos fazem vibrar. Como vai ser? Só Deus sabe! E vida é o friozinho que dá na barriga de pensar nisso...

Não estou tão acordada, os olhos estão pesando. Já estou indo dormir, sonhar e despertar para mais um dia de surpresas e de presentinhos! Por enquanto é noite e tudo é silêncio. Mas como a noite é inspiradora! E depois do meu sono será dia e tudo será ruído. Mas como o dia é inspirador! Cada momento tem seu sabor...deguste... e alimente seu apetite pelo hoje...porque é o que ainda pode ser saboreado, é o que já pode ser saboreado...

sábado, 25 de setembro de 2010

Cutuque pra ver!!

Ai ai ai...dá medo de pensar. Você vê a fina flor, num educado vocabulário, desfilando a leveza e a polidez, a sutileza e a elegância em momentos triviais!! Então, você vira as costas e sai a pensar no quão especiais as pessoas podem ser e o pensamento vai longe e satisfaz expectativas (isso!!Bem aquelas que não devem existir!!). E a leveza se mostra mais e mais e os momentos continuam triviais... Então, algum detalhe sai do traçado do trivial e a coisa desanda. Num primeiro momento mantém-se a sutileza e um pouco depois não se sabe onde ela foi parar. O educado vocabulário passa a ser um contido vocabulário, a elegância já se foi há tempos (colocando sua "imagem" de fina flor na corda bamba). As pessoas tem limiares de tolerânica para diversas situações, algumas lidam melhor com algumas coisas e outras lidam melhor com outras. O sangue sobe e perde-se a compostura, mostrando um pouco do que não se costuma mostrar espontaneamente: é o lado obscuro do ser humano, nossas fraquezas (digo nossas porque todo mundo é menos forte em algum momento). O que causa certo receio é o fato de não sabermos o que esperar da fina flor, principalmente quando a colocamos em corda bamba...aí, cutuque pra ver!!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pequeno Príncipe


(Sem muita poesia, mas direto e reto)

Uma vez li uma frase de Oscar Wilde que fez muito sentido pra mim e que adotei para meu blog. Diz assim: "O homem pode suportar as desgraças, elas são acidentais e vêm de fora: o que realmente dói, na vida, é sofrer pelas próprias culpas."

Certa vez escrevi um texto "I didn´t ask for that" onde eu explanava nossa impotência diante de alguns acontecimentos da vida. Reparei que ainda não comentei sobre as coisas ruins que acontecem e que são assinadas por nós mesmos. Lendo Oscar Wilde ficou claro pra mim que temos grande responsabilidade (quem sabe plena responsabilidade) quando temos uma situação em nossas mãos e erramos por imprudência, por neglicência ou por imperícia (descrição de "culpa" para quem é do Direito), ou por intensão ("dolo", também para quem é do Direito). Às vezes somos maldosos mesmo, às vezes somos bobos, às vezes estamos perdidos, às vezes pensamos errado e entendemos tudo errado. Porém, ninguém tem nada com isso, você tem que responder por seus atos e arcar com as conseqüências. Se o dano causado envolve sentimento, lembre-se: "Você é eternamente responsável pelo que cativas." (Pequeno Príncipe).

E...Oscar Wilde estava certo: quando somos os autores do estrago...dói muito mais.

(Realmente estou arrependida...independente de qualquer coisa...me desculpa)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Seres desse mundo


São daqui mesmo! Do planeta Terra, desse mundo! Os seres estranhos e confusos...Seres que nunca têm certeza, que "sempre têm razão" e nem sempre têm noção. Seres que têm orgulho, que têm ego e que têm vergonha. Seres egoístas e inseguros. Seres que manipulam, que julgam, que enganam. Seres Humanos. E vivem machucando uns aos outros, vivem perdendo a compostura diante de seus interesses ameaçados, vivem agredindo quando se pisa no calo. Vivem recuando quando é pra avançar. E esperando quando é pra se dar. Vivem martelando quando é pra esquecer. Vivem e esquecem que o mundo dá voltas. Muitas voltas e quando se vê está justamente onde não se espera. Vivem esquecendo que ocuparão posições variadas no mundo, viverão experiências inesperadas, encontrão situações inusitadas. Vivem esquecendo de dar as mãos, de serem irmãos, de partilhar de verdade. Vivem como se nunca tivessem que olhar para trás, como se nunca tivessem que voltar atrás, como se tivessem o controle de tudo. Vivem trapaceando no jogo da vida buscando desesperadamente a vitória, vivem, mas mal sabem eles que esse jogo não é para ganhar, é apenas para jogar (limpo, pode ser?).

Mais Beijos (apaixonados)

Eu não menti. Um dia tudo aquilo foi verdade, brotou com toda intensidade do meu coração e desejei ardentemente que pudesse tornar-se real. Eu não menti. Eu realmente sonhei acordada e fiz discursos diversos e tão sinceros que até as vírgulas foram posicionadas de forma inadequada só para que as pausas estivessem certas. Eu não menti, eu suspirava de verdade, mas, quando menos esperei, percebi que eu mudei meu ângulo de visão e pude ver como não via. Os discursos foram belos e intensos, mas não servem mais para nada, não fazem mais sentido. Eu não estou mentindo. Hoje meu discurso tem outro destino, e hoje, ele está valendo, ele está vivo no presente e não no passado. Eu falo do hoje (o presente que temos). E é no hoje que meus discursos são reflexos dos meus sentimentos. Meus discursos eu carrego no coração e acabam transformados em palavras escritas e palavras faladas. Palavras. Palavras que nem sempre dizem tudo, muito fica por dizer... Por isso, acho que alguns discursos poderiam ter mais palavras, ter mais vírgulas, ter mais beijos...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Na contra-mão


Mas eu digo isso porque penso em te querer
mas quando consigo eu revivo um entorpecer
E no mesmo abismo eu me jogo sem perceber
e por conta disso peço abrigo em você
Sei que o sentido do meu grito não achei
mas se ouvir bem estou gritando e não parei
E vai ecoando pelos desertos do mundo
e num segundo eu não tenho mais você
E você por onde anda que nem sei
nem sei se quero saber ou já esqueci
E desisti, e resisti e pulei fora
Do seu circo, seu espetáculo e fui embora
Cansei de rir e espernear minhas verdades
e no final sempre juntar minhas metades
E enjoei de ver reprise toda hora
e não demora pra tudo evaporar
Virar poeira, virar vapor a suposta dor
que carreguei fingindo ser amor
Eu só queria alguém pra conversar
que me dissesse que o tempo não vai voltar
E que insistisse em me cuidar do coração
quando eu quisesse andar na contra-mão

domingo, 12 de setembro de 2010

Máquina do tempo


Se você tivesse que deixar o presente, escolheria o passado ou o futuro? Eis o passado conhecido, vivido e experimentado. Eis o futuro incerto, novo e inédito. Eis as lembranças e as saudades. Eis as esperanças e as expectativas. Eis que, mesmo estando no presente fazemos viagens constantes ao passado e ao futuro para recordar e para sonhar. Às vezes o desejo é que o tempo passe devagar para aproveitarmos os instantes, que passe rápido para curar de uma vez as feridas, que volte para que possamos reviver bons momentos e que pare, para que fiquemos numa cena de encantamento e satisfação eterna. E se pudéssemos mesmo manipular o tempo? E se pudéssemos converter dor em milésimos de segundos e amor em milhares de anos? E se pudéssemos mais do que podemos? Como seria? E se o coração pudesse parar de chorar? E se?? E se fosse, seria. Como não foi, não é, diz a lógica. A lógica é a coisa que menos importa quando o coração chora por não ter o tempo em suas mãos, e é ela que nos dá a resposta. A lógica diz que não se tem outra alternativa senão aceitar o tempo como ele é, e aceitar o que ele faz de nós, conosco e e por nós. Dancemos conforme a música...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pedro, onde cê vai eu também vou


Viva os momentos felizes!!! Viva as verdadeiras amizades!! Viva a vida!! Viva!! Isso sim faz sentido, o sentido que esperamos encontrar em tudo: a vida é pra ser vivida (com um verdadeiro sorriso no rosto). Insisto muito nisso, sempre, porque eu acredito nisso e desejo isso. A vida tem me presenteado com pessoas do bem, com momentos inesquecíveis e eu não canso de dizer: "Eu quero sempre mais! Eu quero sempre mais!" (Ira e Pitty). E quando temos alguns adventos que nos tentam colocar pra baixo e que nos fazem sentir dor, lembro de Carlos Drummond de Andrade: "A dor é inevitável, o sofrimento é opcional", e assim, minha força interna grita e se manifesta dizendo: "Essa noite não, essa noite não!!" (Lobão) Não, não, não, essa noite nada e ninguém vai tirar meu sorriso do rosto! E se você for amargo, viver de mentiras, não respeitar as pessoas, e continuar se enganando e me enganando, até Fábio Jr tem a resposta: "Mas que bobagem, já é hora de crescer!". Mas se você insiste, eu terei que te dar a indiferença, como diz um amigo meu, JPA: "o oposto do amor não é o ódio, é a indiferença", então, eu não vou te odiar, não odeio ninguém, nem mesmo meus inimigos. Esses são os desafios diários, já disse Sócrates: "Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida". Infortúnios..."Ai que infortúnio", diria Funérea (De Fudêncio e seus Amigos) a respeito dos atrapalhos na vida, mas tudo bem, acontece. O que importa são os amigos e os momentos felizes. "O que importa é dar risada!" (eu mesma), pois, uma hora ou outra eu poderei dizer: "Eu vou mandar berrar o dia inteiro que você é: O Meu Máximo Denominador Comum!" (Raulzito).

(Obrigada amigos queridos!)