Meus amigos estão perdendo cabelo, estão ganhando barriga e algumas ruguinhas aqui e ali. Estão mais preocupados com o colesterol e com dores na coluna. Meus amigos não precisam pedir permissão aos pais para sair mas agora eles não saem porque não têm tempo. Meus amigos trabalham demais. Meus amigos já perderam a conta de quantos casamentos já foram, os batismos são contáveis ainda, velórios já acontecem. Meus amigos encontram-se menos, eles têm mais responsabilidades, alguns já são pais e outros estão planejando. Eles têm lido mais coisas importantes, têm valorizado mais a amizade e a família. Meus amigos sentem falta da infância. Eles têm visto seus pais envelhecerem e têm acompanhado seus pais em consultas médicas. Meus amigos continuam crescendo e descobrindo mistérios da vida. Eles viajam mais, presenteiam mais, preocupam-se mais mas, eles têm menos tempo de demonstrar. Meus amigos sentem dor e só eles sabem o quanto ela dói. Eles têm momentos maravilhosos também e só eles sabem da alegria que eles proporcionam. Meus amigos têm surpreendido mais. Meus amigos estão escrevendo suas histórias para um dia poder contar. Eles querem ter o tempo e a oportunidade para "contar pros netos" suas conquistas, seus erros, tropeços, suas façanhas, suas traquinagens, seus amores, suas histórias... Meus amigos estão na batalha. Eles emocionam-se mais. Meus amigos mudaram algumas idéias, tiveram que rever alguns conceitos e relevar mais. Eles têm mais compaixão. Meus amigos enxergam menos curvas que antigamente, agora eles ouvem mais as risadas. Eles dão mais valor as coisas que não enxergam. Meus amigos têm pensado mais, refletido sobre atitudes e têm odiado mais a solidão. Meus amigos têm amado mais, têm olhado mais para o céu e têm valorizado mais o gosto dos momentos. Eles estão mais vividos e estão um pouco diferentes. Meus amigos colecionam lágrimas de tristeza e de felicidade. Eles desejam mais do que nunca abrir seus corações e sentir o amor na sua forma mais pura. Mas sabe de uma coisa? Isso tudo só acontece com meus amigos... Eles estão loucos.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
PRISCILA
P-R-I-S-C-I-L-A, Priscila. Eu adoro meu nome, foi meu pai quem me deu. Eu não tenho filhos mas já ouvi falar do amor de pai e do amor de mãe e sei que meu nome foi dado com muito amor. Priscila foi um presente.
Uma vez ouvi que Priscila se traduz assim: Peace Rests In Smoothness Calmly Instigating Life Away... Mais um presente... Porque nosso nome, quando evocado, pode ser uma melodia. Nosso nome nos identifica, é nosso. Ouvimos nosso nome o dia inteiro, todos os dias de nossa vida. Prezamos por nosso nome, cuidamos de nosso nome e gostamos de vê-lo limpo. Lutamos para vê-lo no topo das listas boas, lutamos para não vê-lo nas listas ruins. Torcemos para ouvi-lo e às vezes para não ouví-lo... Interessante como nosso nome está em tudo, não é? E é claro que eu gosto do meu nome, gosto quando me chamam, gosto quando me chama... Mas quando eu ouço um sonoro PRISCILA às vezes me assusta, às vezes parece tão grande, afinal Priscila tem 3 sílabas. Quando Priscila é pronunciado parece que meu nome ocupa um tempo maior que o necessário para eu entender que é comigo. Quando ouço Pris... já sei que sou eu, mas depois ainda vem o cila, às vezes desnecessário. Às vezes prefiro Pri, simplesmente Pri. Me chame de Pri, por favor...
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